sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

13-Moradia
Originais/Ancestrais, Cavernas, Palafitas, Suspensas, Moradias “Orgânicas”, Moradias Tecnológicas

O senso comum diz: Moradia é o local onde residimos, ou onde temos os nossos pertences de forma definitiva, onde dormimos no dia a dia, dormimos  a noite ( ou de dia dependendo do momento) e eventualmente onde fazemos nossas refeições.
A arquitetura tem outras formas de definir moradia.

Originais/Ancestrais
Cada região criou sua própria filosofia de construções e/ou residências, sempre expressando as necessidade da natureza local. Por vezes natural, mas sempre agregando as necessidade de conforto e segurança.

Cavernas
Imaginamos, e por pesquisas as primeiras “habitações” do ser humano foram as cavernas naturais encontradas em quase todo o Planeta. Em muitas se encontram inscrições  que contam um pouco do que era “viver”  naquela época. Na medida das necessidades,  o Homem passou a escavar cavernas como  forma de expandir os locais onde poderia se proteger do meio agressivo exterior, tanto das  intempéries da Natureza como de animais.





 









As cavernas serviam ao mesmo tempo para a proteção dos animais que foram sendo domesticados, assim como os animais ajudavam na alimentação, aviso no caso de aproximação de inimigos. Durante a noite podiam ser fechadas para impedir animais selvagens.

Palafitas
Na ausência de cavernas naturais e tendo que se proteger, em alguma regiões lacustres desenvolveram se construções suspensas sobre a água. Esse recurso tornava mais difícil o acesso de animais selvagens e mesmo de   ataques de inimigos “humanos”. Restos de palafitas são encontrados em diversas regiões do globo. Por terem sido construídas de madeira, que deteriora com o tempo, hoje somente se encontram restos enterrados em regiões onde houve uma certa preservação  com ausência de oxigênio.






 








Suspensas
Em regiões de florestas alguns povos desenvolveram residências construídas em árvores pelas mesmas razões de segurança. Poucas imagens se tem dessas residências, a não ser pela tradição oral dos povos.














Construções de Pedra e Barro
Não encontrando cavernas naturais e sendo  a escavação das mesmas o homem utilizando pedras passou a “construir” “paredes” e cobri-las com madeira e posteriormente com folhas de arvores.
Alguns exemplos dessas construções resistiram ao tempo e podem ser visitadas hoje, mesmo que seus telhados originais tenham desaparecido. Exemplos existem na Escócia e em outros países.
Em alguma regiões na África e no Oriente as casa são reconstruías repetidamente pois são de “pau a pique” e o fechamento em barro sem nenhum aditivo. Dessa forma no período das chuvas terminam por desmoronar.
As construções em Pedra existem a milhares de ano e tem resistido a séculos às intempéries. Existem em todas as partes do Globo.
Com pedras se construíram os castelos da Idade Média e posteriores na Europa e outros países. Os castelos tinham como função além de residência a de proteger todo o grupo que dependia do “Senhores” da “Terra” de incursões de “povos” inimigos.
Inicialmente as construções em argamassa tinham como aglomerante “solidificador” a Cal e o  Óleo de peixe. Essas construções tem representantes em muitas partes da Terra. Os romanos já construíam com essa técnica e nos pontos de muito esforço usavam tirantes de aço.




Concreto
O Cimento é um desenvolvimento do século XX na Europa. A grande vantagem do cimento que é um conjunto de sulfatos que quando se adiciona a água se solidifica num curto prazo de tempo quando comparado a outras massas e apresenta uma dureza final semelhante á granito. Nos prédios de vários andares as estruturas usam vergalhões de aço como elemento de resistência à tensão.
Os prédios muito altos tem normalmente a estrutura em perfilados de aço posteriormente revestido em concreto para proteção à corrosão.
O concreto, se estima ter uma “vida” útil de 50 anos. Pontes de concreto por questões de segurança estão sendo reconstruídas após esse período.

Moradias “Orgânicas”
As Habitações eram originalmente todas  “orgânicas” isto é surgiam dos recursos naturais disponíveis dentro da Natureza. Exatamente por serem de materiais naturais ( com exceção as de Pedra) não temos quase nenhuma prova arqueológica. O que restam são alguns indícios de regiões onde houveram construções.
Depois de longos períodos de afastamento dos recursos Naturais aplicando “novas tecnologias” resultantes de desenvolvimentos de relativa agressão a origem do Ser Humano está se retornando às origens porém aplicando os novos conceitos de bem estar Humano.
O Homem não deveria nunca se esquecer que é   parte do Universo e que o respeito ao meio é o respeito a si próprio.


Moradias Tecnológicas
Flutuantes
Hoje existem em várias partes do mundo cidades “flutuantes”. São uma versão atualizada dos palafitas. Eles agregam todo o conforto das construções “modernas”  as   necessidades locais. Elas decorrem das mesmas causas originais de falta de espaço e segurança.

Uma outra alternativa para encontrar espaço para mais habitações ou ampliação foi a construção de “casas” em pontes construídos obre ruas e vãos entre construções existentes. Existem em várias partes do mundo cidades verdadeiramente flutuantes, principalmente por questões de espaço em terra firme.

“Empilhamento”
Por falta de espaço nas concentrações urbanos foram se sobrepondo habitações, que nada mais são que o empilhamento de Seres em espaços reduzidos. Os ditos   “arranha céus”, assim denominados por imitarem a Torre de Babel. Essa concentração da Natureza tem como uma das conseqüências a dificuldade da mesma de encontrar o equilíbrio natural. Essa concentração tem entre outras as seguintes deformações:
Dificuldade de transito de pessoas, pessoalmente ou
 em veículos.
  Tratamento dos resíduos naturais do Ser Humano.
  Aumento do lixo “sintético” o  escoamento dos
mesmos e empilhamento em locais afastados, tendo conseqüência o aumento dos vetores que agravam a saúde.
Aumento da poluição decorrente dos veículos e da
 geração concentrada dos gases emitidos nos processos “naturais” de preparação do nosso   alimento.
Catástrofes naturais e “produzidas”  como incêndio
 de residências e instalações concentradas.

 

















Era Digital
O poder dos recursos de controle via Internet  e informática se tornaram tão poderosos que   permitem de qualquer parte do Planeta controlar   uma instalação em outra parte do mesmo Planeta ou fora dele.
A questão com essas construções é a liberação do Homem de qualquer esforço físico. Como conseqüência natural da imobilidade é o engessamento do sistema muscular e mental. Como o corpo e  o espírito são sistemas integrados, todo o sistema ameaça entrar em colapso.
O Homem sempre terá o poder da criação, porém com a Tecnologia da informação desenvolve e amplia a sua capacidade de gestão. Como temos visto o nível de dependência é crescente tanto do ponto de vista físico e emocional. Ao mesmo tempo o Ser deseja poder operar de forma cada vez mais veloz acompanhando a velocidade digital.  

Volta à “Caverna” “Tecnológica”
O Homem com os recursos de comunicação não pessoal acabou criando o que chamo de sua “Caverna Tecnológica”. Ele se satisfaz com o seu mundo de isolamento físico acreditando que se comunica com todo o mundo ( o que de fato, ocorre), porém perdeu o convívio social pessoal. Esse fato o torna centrado no seu mundo de “ilusão” tecnológica.
Esse é o seu “verdadeiro” mundo espiritual, que conhece, se identifica com ele e sabe como “lutar’ com seus “inimigo”. Nada diferente do passado , com a diferença que passaram alguns milênios. Nessa caverna moderna ele somente é muito mais dependente do seu mundo exterior do que é capaz de imaginar. Ele precisa de milhares de “ajudantes” para operar tornando se desta forma “Refém” dos sistemas.

Containers
            Conhecemos como mito a estória do grego que morava em um Barril. O Barril servia de transporte de líquidos e sólidos. O Container, como diz o nome em Inglês faz o mesmo. Hoje, usando containers “usados e rejeitados” construímos casas. elas são consideradas modernas, econômicas e de rápida montagem.
Qual seria a diferença conceitual?















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