sábado, 18 de fevereiro de 2017

5-Conceitos

Julgar supõe Conhecer,
Criticar é saber fazer Melhor.
Assim criamos Conceitos,
Sem Conhecer a “Verdade”.
A Arrogância atende ao Ego,
A Humildade atende ao Divino.

            Trazemos imagens de um passado longínquo que nos sobrecarrega de forma inconsciente na convivência da presente estadia terrestre.
            Somos todos únicos, mesmo assim insistimos em comparar-nos de forma inconsciente e consciente todo o tempo. Talvez esse seja isto um grande contratempo e nos dificulte o viver uma Paz interna mais prolongada.
            Como somos Seres sociáveis vamos criando grupos que se identificam mais ou menos com os mesmos valores fazendo sempre alguma concessão em nome de uma idéia central maior. Assim formam se as personalidades das diversas culturas.

            Quando temos plenamente a Consciência da aplicação desses fatores na nossa vida diária?

            Todos eles são mais ou menos estáticos enquanto o Universo é dinâmico exigindo uma revisão permanente de avaliações e com isso das respostas.
            Vamos procurar olhar melhor esta questão nos próximos subtítulos.
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Pré Conceitos
            Quando sem conhecer a pessoa ou entorno emitimos uma opinião estamos fazendo um pré julgamento baseado em suposições de nossa mente comparativa. Nesse tratamento corremos um sério risco de fazermos afirmações, falsas que de alguma forma, vem prejudicar o nosso relacionamento com a pessoa e talvez com outros que a apreciam.

            Porque emitimos esse julgamento improcedente?

            Talvez seja um mecanismo de defesa, por de alguma forma estar atingindo nosso Ego ou descobrindo um segredo inconsciente bem velado que preferimos salvaguardar de terceiros.
            Talvez podemos nos estar sentindo ameaçados por um eventual concorrente que igualmente nossa mente enxerga como “inimigo” em potencial.
            Pode ser simplesmente inveja ou ciúme ou estar demonstrando o que nós mesmos gostaríamos de estar representando.
            Para a nossa Paz de espírito seria muito bom que fizéssemos um exercício interno de evitar esse tipo de julgamento. Pouparíamos à nós mesmos muitos dissabores e perda de energia corporal e mental plenamente dispensáveis.

            Conceitos
            São afirmações que entendemos como balizadores de nossas atitudes e pensamentos.
            Os Conceitos, vão sendo formados ao longo da nossas existências, através das leituras, inter relacionamentos, frustrações e mecanismos de defesa frutos de nosso raciocínio de interdependência e vaidades. Eles vão sendo arquivados no nosso banco de informações mentais e são permanentemente requisitados nos momentos de ação.
Muitos são estruturados pela repetibilidade de situações por serem acreditarmos, semelhantes. Esse raciocínio é fruto do pensamento científico que gera preconceitos baseados na similaridade de efeitos( muitas vezes sem uma análise profunda). O que a Ciência muitas vezes desconhece é que pequenas variações das causas podem causar grandes diferenças à longo prazo.

            Como conviver com essa dicotomia?

            Quando um comportamento difere do suposto criamos dúvidas, os responsabilizando aos outros, eventualmente questionando a nossa “verdade” alterando nosso conceito. Essas revisões implicam em alterar estruturas e que normalmente são acompanhados de uma resistência interna. A dificuldade é proporcional à grandeza dessa mudança. As que trazem efeitos imediatos vantajosos ao Ego são aceitas facilmente, mas quando exigem novas posturas do Ego podem ser bastante demoradas e doloridas.
           

Usos e Costumes
            São atitudes que observamos num grande número de pessoas e situações do nosso entorno.

            Esses mudam muito ao longo do tempo de forma que sempre teremos aqueles que se antecipam aos existentes sendo os que são mais criticados por estarem “reagindo” às existentes. A eles cabem por outro lado o “título” de renovadores ou criadores de novos rumos do antigo. Quando o volume dos usuários passam a representar massa crítica passam a ser interessantes para uma maioria.
            Esse grupo passa a “usá-lo” como a moda por percebê-lo estável. A partir desse momento incorporam uma “exigência” Social ou de regras a serem cumpridas.  Esses  “Usos e Costumes” passam a deixar de ser questionados por desconhecimento de sua origem ou comodidade.  Podem depois de algum tempo passarem a ser anacrônicos com as novas necessidades.
            Existe um terceiro grupo que somente começam a adotá-los quando já se encontram quase no fim de seu período de aplicação, pois somente nesse momento, se sentem capazes de se incluir nos “usuários”.
             Com a dinâmica social e as novas tecnologias as necessidades e hábitos devem mudar reiniciando-se assim os ciclos de validade dos mesmos. Eles sempre serão específicos de uma cultura, época e meio ambiente.
            Com a globalização da informação ao redor do Planeta as diferenças são reduzidas entre grupos de países ao longo do Planeta. Entre blocos culturais distintos podem permanecer grandes diferenças.
Como as informações atualmente se processam em tempo real as aplicações podem ser quase imediatas. Isso tem alterado a visão econômica ao redor do mundo.
 Ainda assim temos usos e costumes característicos por valores políticos, religiosas, idades, história e muitos outros locais.
Quando temos a oportunidade de viajar percebemos as diferenças culturais, mas também ao mesmo, temos a aproximação entre os hábitos dos povos criando mais flexibilidade de compreensão.
Hoje podemos comer certos pratos em qualquer parte do mundo sem grandes diferenças de paladar. De forma semelhante se dá com o hábito de bebidas gaseificadas ou alcoólicas com a cerveja e destilados.
O mesmo está se dando com a moda de vestir e a aplicação de cosméticos.
A adoção desses Usos e Costumes é raramente consciente ocorrendo simplesmente para acompanhar o “companheiro” de categoria social.
Atrás desses Usos e Costumes existe toda uma indústria, comércio estruturados sendo atendidos pelos sistemas financeiros e de serviços.

            Leis
         Finalmente chegamos às Leis. Elas são “regulamentos” ou “compilações”  escritas (em alguns países são orais ou situacionais) que regem o Estado de Direito de um País ou Confederações. Deixo de observar as definições legais.
            Por sua própria natureza a criação das leis ocorrem aposteriori aos fatos. Como devem apresentar e criar uma estabilidade social terminam por ser rígidas. A função dos juízes é interpreta-las segundo o seu bom senso, da intenção da lei, muitas delas conflitantes.
A questão a ser observada é o espírito da Lei, que pode variar segundo o bom senso ou objetivo de cada cidadão e assim dos Juízes. A jurisprudência e a “direção” com que uma mesma Lei foi interpretada ao longo do tempo dá-lhe uma certa flexibilidade.
            Com o advento de novas tecnologias criam-se novas Leis esquecendo muitas vezes que conflitam com as existentes permitindo assim uma aplicação torcida segundo os interesses dos aplicadores.
            Quando as leis ficam incapacitadas de regular uma nova atividade, e se tornar patente que as existentes ficam impossíveis de serem aplicadas, se criam novas, esquecendo muitas vezes de rever as existentes, ou cancelá-las, que criando conflitos na aplicação.
            Para muitos essa consciência existe porém para uma grande maioria é interessante manter os conflitos de Lei para permitir rotas de fuga nas aplicação com benefícios para certos grupos.
            Nos referimos, neste momento, a leis regionais que deveriam ser consideradas coerentes. Quando falamos de relações internacionais esses conflitos são permanentes e difíceis de serem compatibilizados pois podem criar conflitos entre povos ou culturas.
            A Consciência deveria estar nas Coordenações com interesse supranacional.



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