quarta-feira, 14 de junho de 2017

5-Conceitos

Pré Conceitos, Conceitos, A Intuição, Usos e Costumes, Leis

Julgar supõe Conhecer,
Criticar é saber fazer Melhor.
Assim criamos Conceitos,
Sem Conhecer a “Verdade”.
A Arrogância atende ao Ego,
A Humildade atende ao Divino.

            Trazemos imagens de um passado longínquo que nos sobrecarrega de forma inconsciente na convivência da presente estadia terrestre.
            Somos todos únicos, mesmo assim insistimos em comparar-nos de forma inconsciente e consciente todo o tempo. Talvez isto seja um grande contratempo e nos dificulte o viver uma Paz interna mais prolongada.
            Como somos Seres sociáveis vamos criando grupos que se identificam, mais ou menos com os mesmos valores, fazendo sempre alguma concessão, em nome de uma idéia central maior. Assim formam se as personalidades das diversas culturas.
            A intolerância decorre do fato que cada um acreditar somente na sua verdade, esquecendo que somos todos únicos mas precisamos de um certo consenso para conviver em paz. Ser tolerante é aceitar outras formas sem ter que concordar com as mesmas.

            Quando temos plenamente a Consciência da aplicação desses fatores na nossa vida diária?

            Todas articulações são mais ou menos estáticas enquanto o Universo é dinâmico, exigindo uma revisão permanente de avaliações e com isso das respostas, o que dificulta o entendimento. Somado a isso devemos considerar que o fator tempo muda os conceitos e com isso as ações correspondentes, terão que sofrer alterações.
            A tendência a acomodação cria resistência a mudança permanente. Repensar constantemente exige estar disposta a rever constantemente a nossa estrutura interna.
            Vem daí muitas vezes a decepção.  Confundimos estabilidade com permanência de valores. A estabilidade supõe condições de equilíbrio dinâmico enquanto a permanência de valores pressupõe condição estática de valores o que é incompatível com a dinâmica do Universo.

            O Homem tende a criar suas normas visualizando gerações, de vida. A longevidade tem aumentado em contrapartida a velocidade de desenvolvimento tecnológico diminuído. Com isso o tempo de sucateamento dos bens tem caído aumentando o consumo sem consciência das conseqüências dessa dinâmica.

            Vamos procurar olhar melhor esta questão nos próximos subtítulos.
.
Pré Conceitos
            Quando, sem conhecer as pessoas ou entornos, emitimos uma opinião, estamos fazendo um pré julgamento, baseado em suposições de nossa mente comparativa. Nesse tratamento corremos um sério risco de fazermos afirmações, falsas que de alguma forma, que venham a prejudicar o nosso relacionamento com as pessoas e talvez com outros que as apreciam.
            Raramente conhecemos todos os envolvimentos, fazendo sempre o julgamento percebendo somente condições aparentes. Por desconhecimento do global raramente poderemos emitir um julgamento justo.

            Porque emitimos esse julgamento improcedente?

            Talvez um mecanismo de defesa, por que de alguma forma estamos sendo atingidos no  nosso Ego ou descobrindo um segredo inconsciente bem velado que preferimos salvaguardar de terceiros.
            Talvez possamos estar nos sentindo ameaçados, de forma inconsciente, por um eventual concorrente, talvez até imaginário, que igualmente nossa mente enxerga como “inimigo” em potencial.      Pode ser simplesmente inveja ou ciúme ou estar demonstrando o que nós mesmos gostaríamos de estar representando.
            Para a nossa Paz de espírito seria muito bom que fizéssemos um exercício interno de evitar esse tipo de julgamento.

            Existe uma máxima muito feliz:

Deixes de julgar,
Para deixares de ser julgado.

Pouparíamos à nós mesmos muitos dissabores e perdas de energias corporal e mental plenamente dispensáveis para ocasiões muito mais importantes à nossa felicidade.
            Os prejulgamentos são responsáveis por muita infelicidade na vida. Rever preconceitos é sempre algo que custa muita energia e boa vontade de vencer o Ego.

            Conceitos
            São afirmações que entendemos como balizadores de nossas atitudes e pensamentos, normalmente de situações repetidas e comprovadas por longos períodos.
            Os conceitos, vão sendo formados ao longo da nossas existências, através das leituras, inter relacionamentos, frustrações e mecanismos de defesa frutos de nosso raciocínio de interdependência e vaidades. Eles vão sendo arquivados no nosso banco de informações mentais e são permanentemente requisitados nos momentos de ação.
Muitos são estruturados pela repetibilidade de situações por serem, acreditarmos, semelhantes.
Esse raciocínio é fruto do pensamento científico que gera preconceitos baseados na similaridade de efeitos (muitas vezes sem uma análise profunda). O que a Ciência muitas vezes desconhece, ou menospreza por simplificação, é que pequenas variações das causas podem causar grandes diferenças à longo prazo.

            Como conviver com essa dicotomia?

            Quando um comportamento difere do suposto criamos dúvidas.
Tendemos  responsabilizar  outros por algum insucesso, eventualmente questionando a nossa “verdade” alterando nosso conceito. Essas revisões implicam em mudar estruturas que normalmente são acompanhados de uma grande resistência interna. A dificuldade é proporcional à grandeza dessa mudança.
As que trazem efeitos imediatos vantajosos ao Ego são aceitas facilmente, mas quando exigem novas posturas do Ego podem ser bastante demoradas e doloridas.
            Todos os conceitos são temporais, já que somos todos únicos e sofremos mutações ou adaptações, na medida que novas descobertas, corrigem falhas de justificativas passadas. A aceitação de novos conceitos impõe repensar, i isto se opõe a um estaticismo involuntário do Ser. Eventualmente mudanças de conceito podem incomodar posições de poder político, tecnológico religioso ou social, que são forças poderosos estabilizadas. Qualquer mudança nesse sentido exige enorme esforço na formação de uma massa crítica capaz de alavancar essa mudança.

Devemos estar permanentemente abertos a rever conceitos,
para acompanharmos a dinâmica do Universo.

Usos e Costumes
            São atitudes que observamos num grande número de pessoas e situações do nosso entorno, sem que as mesmas tenham registros.

            Esses mudam muito ao longo do tempo. Sempre teremos aqueles que se antecipam aos status quo existentes, sendo os mais criticados por estarem “reagindo” às situações ou modus vivendi existentes. A eles cabem por outro lado o “título” de renovadores ou criadores de novos rumos do antigo. Quando o volume dos usuários passam a suplantar uma massa crítica passam a ser interessantes para uma maioria que acompanha simplesmente o fluxo.
            Esse grupo influenciado coopta a nova moda e passa a “usá-la” como a moda por percebê-lo estável. A partir desse momento incorporam uma nova “exigência” Social ou de regras a serem cumpridas.  A razão desses “Usos e Costumes” passam a deixar de ser questionados por desconhecimento de sua origem ou comodidade.
Alguns podem depois de algum tempo, passarem a ser anacrônicos, com as novas necessidades, levando um tempo para serem alteradas..
            Existe um terceiro grupo que somente começam a adotá-los quando já se encontram quase no fim de seu período de aplicação, pois somente nesse momento, se sentem capazes de se incluir-se  como  “usuários”.
             Com a dinâmica social e as novas tecnologias as necessidades e hábitos  mudam mais rapidamente, novos hábitos reiniciam assim os ciclos de validade dos novos.
Eles sempre serão específicos de uma cultura, época e meio ambiente.
            Com a globalização da informação ao redor do Planeta as diferenças vão sendo reduzidas entre grupos de países com semelhanças culturais ao longo do Planeta. Entre blocos culturais distintos podem permanecer grandes diferenças.
Como as informações atualmente se processam em tempo real as aplicações podem ser quase imediatas. Isso tem alterado a visão econômica ao redor do mundo.
 Ainda assim temos usos e costumes característicos por valores políticos, religiosas, idades, história e muitos locais distintos.

Quando temos a oportunidade de viajar percebemos as diferenças culturais, mas também ao mesmo, uma aproximação entre os hábitos dos povos criando mais flexibilidade e compreensão.

Hoje podemos comer certos pratos em qualquer parte do mundo sem grandes diferenças de paladar. De forma semelhante se dá com o hábito de bebidas gaseificadas ou alcoólicas com a cerveja e destilados.

O mesmo está se dando com a moda de vestir e a aplicação de cosméticos.

A adoção desses Usos e Costumes é raramente consciente ocorrendo simplesmente para acompanhar o “companheiro” de categoria social.
Atrás desses Usos e Costumes existe toda uma indústria e  comércio estruturados para pesquisa e produção sendo atendidos e estimulados pelos sistemas financeiros e de serviços.

            Decretos, Leis e Regulamentos
         Finalmente chegamos às Leis. Elas são “regulamentos” ou “compilações”  escritas (em alguns países são orais ou situacionais) que regem o Estado de Direito de um País ou Confederações. Deixo de observar as definições legais.
            Por sua própria natureza, a criação das leis ocorrem aposteriori aos fatos. Como devem apresentar e criar uma estabilidade social terminam por ser rígidas por um determinado período.
A função dos juízes é  interpretá-las segundo o seu bom senso e a intenção da lei, muitas delas conflitantes com a realidade vivencial e vontades, conceitos de vida e interesses econômicos, políticos e sociais do juiz.
A questão a ser observada é o espírito da Lei, que pode variar segundo o bom senso ou objetivo de cada cidadão e assim dos Juízes. A jurisprudência e a “direção” com que uma mesma Lei foi interpretada ao longo do tempo dá-lhe uma certa flexibilidade, moldando-se as conveniência do momento.
            Com o advento de novas tecnologias criam-se novas Leis esquecendo muitas vezes as que conflitam com as existentes permitindo assim uma aplicação torcida segundo os interesses dos aplicadores.
            Quando as leis ficam incapacitadas de regular uma nova atividade, tornando-se patente que as existentes ficam impossíveis de serem aplicadas, se criam novas, esquecendo muitas vezes de rever as existentes, ou cancelá-las, criando conflitos na aplicação.
            Para muitos essa consciência existe, porém para uma grande maioria é interessante manter os conflitos de Lei para permitir rotas de fuga nas aplicação com benefícios para certos grupos.
            Nos referimos, neste momento, a leis regionais que deveriam ser consideradas coerentes.
Quando falamos de relações internacionais esses conflitos são permanentes e difíceis de serem compatibilizados pois podem criar conflitos entre povos ou suas culturas sociais ou religiosas.

A Consciência deveria estar nas Coordenações
com interesses supranacionais.




Nenhum comentário:

Postar um comentário