5-Conceitos
Pré Conceitos, Conceitos, A
Intuição, Usos e Costumes, Leis
Julgar supõe Conhecer,
Criticar é saber fazer Melhor.
Assim criamos Conceitos,
Sem Conhecer a “Verdade”.
A Arrogância atende ao Ego,
A Humildade atende ao Divino.
Trazemos imagens de um passado
longínquo que nos sobrecarrega de forma inconsciente na convivência da presente
estadia terrestre.
Somos todos únicos, mesmo assim
insistimos em comparar-nos de forma inconsciente e consciente todo o tempo.
Talvez isto seja um grande contratempo e nos dificulte o viver uma Paz interna
mais prolongada.
Como somos Seres sociáveis vamos
criando grupos que se identificam, mais ou menos com os mesmos valores, fazendo
sempre alguma concessão, em nome de uma idéia central maior. Assim formam se as
personalidades das diversas culturas.
A intolerância decorre do fato que
cada um acreditar somente na sua verdade, esquecendo que somos todos únicos mas
precisamos de um certo consenso para conviver em paz. Ser tolerante é aceitar
outras formas sem ter que concordar com as mesmas.
Quando
temos plenamente a Consciência da aplicação desses fatores na nossa vida
diária?
Todas articulações são mais ou menos
estáticas enquanto o Universo é dinâmico, exigindo uma revisão permanente de
avaliações e com isso das respostas, o que dificulta o entendimento. Somado a
isso devemos considerar que o fator tempo muda os conceitos e com isso as ações
correspondentes, terão que sofrer alterações.
A tendência a acomodação cria
resistência a mudança permanente. Repensar constantemente exige estar disposta
a rever constantemente a nossa estrutura interna.
Vem daí muitas vezes a decepção. Confundimos estabilidade com permanência de
valores. A estabilidade supõe condições de equilíbrio dinâmico enquanto a
permanência de valores pressupõe condição estática de valores o que é
incompatível com a dinâmica do Universo.
O Homem tende a criar suas normas
visualizando gerações, de vida. A longevidade tem aumentado em contrapartida a
velocidade de desenvolvimento tecnológico diminuído. Com isso o tempo de
sucateamento dos bens tem caído aumentando o consumo sem consciência das
conseqüências dessa dinâmica.
Vamos procurar olhar melhor esta
questão nos próximos subtítulos.
.
Pré
Conceitos
Quando, sem conhecer as pessoas ou entornos,
emitimos uma opinião, estamos fazendo um pré julgamento, baseado em suposições
de nossa mente comparativa. Nesse tratamento corremos um sério risco de
fazermos afirmações, falsas que de alguma forma, que venham a prejudicar o
nosso relacionamento com as pessoas e talvez com outros que as apreciam.
Raramente conhecemos todos os
envolvimentos, fazendo sempre o julgamento percebendo somente condições
aparentes. Por desconhecimento do global raramente poderemos emitir um
julgamento justo.
Porque emitimos esse julgamento
improcedente?
Talvez um mecanismo de defesa, por que
de alguma forma estamos sendo atingidos no nosso Ego ou descobrindo um segredo
inconsciente bem velado que preferimos salvaguardar de terceiros.
Talvez possamos estar nos sentindo
ameaçados, de forma inconsciente, por um eventual concorrente, talvez até
imaginário, que igualmente nossa mente enxerga como “inimigo” em potencial. Pode ser simplesmente inveja ou ciúme ou
estar demonstrando o que nós mesmos gostaríamos de estar representando.
Para a nossa Paz de espírito seria
muito bom que fizéssemos um exercício interno de evitar esse tipo de
julgamento.
Existe
uma máxima muito feliz:
Deixes de julgar,
Para deixares de ser julgado.
Pouparíamos à nós
mesmos muitos dissabores e perdas de energias corporal e mental plenamente dispensáveis
para ocasiões muito mais importantes à nossa felicidade.
Os prejulgamentos são responsáveis
por muita infelicidade na vida. Rever preconceitos é sempre algo que custa
muita energia e boa vontade de vencer o Ego.
Conceitos
São afirmações que entendemos como balizadores de
nossas atitudes e pensamentos, normalmente de situações repetidas e comprovadas
por longos períodos.
Os conceitos,
vão sendo formados ao longo da nossas existências, através das leituras, inter relacionamentos,
frustrações e mecanismos de defesa frutos de nosso raciocínio de
interdependência e vaidades. Eles vão sendo arquivados no nosso banco de
informações mentais e são permanentemente requisitados nos momentos de ação.
Muitos são
estruturados pela repetibilidade de situações por serem, acreditarmos, semelhantes.
Esse raciocínio é
fruto do pensamento científico que gera preconceitos baseados na similaridade
de efeitos (muitas vezes sem uma análise profunda). O que a Ciência muitas
vezes desconhece, ou menospreza por simplificação, é que pequenas variações das
causas podem causar grandes diferenças à longo prazo.
Como conviver com essa dicotomia?
Quando um comportamento difere do
suposto criamos dúvidas.
Tendemos responsabilizar outros por algum insucesso, eventualmente
questionando a nossa “verdade” alterando nosso conceito. Essas revisões
implicam em mudar estruturas que normalmente são acompanhados de uma grande resistência
interna. A dificuldade é proporcional à grandeza dessa mudança.
As que trazem
efeitos imediatos vantajosos ao Ego são aceitas facilmente, mas quando exigem
novas posturas do Ego podem ser bastante demoradas e doloridas.
Todos os conceitos são temporais, já
que somos todos únicos e sofremos mutações ou adaptações, na medida que novas
descobertas, corrigem falhas de justificativas passadas. A aceitação de novos
conceitos impõe repensar, i isto se opõe a um estaticismo involuntário do Ser.
Eventualmente mudanças de conceito podem incomodar posições de poder político,
tecnológico religioso ou social, que são forças poderosos estabilizadas.
Qualquer mudança nesse sentido exige enorme esforço na formação de uma massa
crítica capaz de alavancar essa mudança.
Devemos estar permanentemente
abertos a rever conceitos,
para acompanharmos a dinâmica do
Universo.
Usos
e Costumes
São atitudes que observamos num grande número de
pessoas e situações do nosso entorno, sem que as mesmas tenham registros.
Esses mudam muito ao longo do tempo.
Sempre teremos aqueles que se antecipam aos status quo existentes, sendo os
mais criticados por estarem “reagindo” às situações ou modus vivendi existentes.
A eles cabem por outro lado o “título” de renovadores ou criadores de novos rumos
do antigo. Quando o volume dos usuários passam a suplantar uma massa crítica
passam a ser interessantes para uma maioria que acompanha simplesmente o fluxo.
Esse grupo influenciado coopta a
nova moda e passa a “usá-la” como a moda por percebê-lo estável. A partir desse
momento incorporam uma nova “exigência” Social ou de regras a serem
cumpridas. A razão desses “Usos e
Costumes” passam a deixar de ser questionados por desconhecimento de sua origem
ou comodidade.
Alguns podem depois
de algum tempo, passarem a ser anacrônicos, com as novas necessidades, levando
um tempo para serem alteradas..
Existe um terceiro grupo que somente
começam a adotá-los quando já se encontram quase no fim de seu período de
aplicação, pois somente nesse momento, se sentem capazes de se incluir-se como “usuários”.
Com a dinâmica social e as novas tecnologias
as necessidades e hábitos mudam mais
rapidamente, novos hábitos reiniciam assim os ciclos de validade dos novos.
Eles sempre serão
específicos de uma cultura, época e meio ambiente.
Com a globalização da informação ao
redor do Planeta as diferenças vão sendo reduzidas entre grupos de países com
semelhanças culturais ao longo do Planeta. Entre blocos culturais distintos podem permanecer grandes diferenças.
Como as informações
atualmente se processam em tempo real
as aplicações podem ser quase imediatas. Isso tem alterado a visão econômica ao
redor do mundo.
Ainda assim temos usos e costumes
característicos por valores políticos, religiosas, idades, história e muitos
locais distintos.
Quando temos a
oportunidade de viajar percebemos as diferenças culturais, mas também ao mesmo,
uma aproximação entre os hábitos dos povos criando mais flexibilidade e
compreensão.
Hoje podemos comer
certos pratos em qualquer parte do mundo sem grandes diferenças de paladar. De
forma semelhante se dá com o hábito de bebidas gaseificadas ou alcoólicas com a
cerveja e destilados.
O mesmo está se
dando com a moda de vestir e a aplicação de cosméticos.
A adoção desses Usos e Costumes é raramente consciente
ocorrendo simplesmente para acompanhar o “companheiro” de categoria social.
Atrás desses Usos e
Costumes existe toda uma indústria e comércio estruturados para pesquisa e produção
sendo atendidos e estimulados pelos sistemas financeiros e de serviços.
Decretos, Leis e Regulamentos
Finalmente chegamos às Leis. Elas
são “regulamentos” ou “compilações”
escritas (em alguns países são orais ou situacionais) que regem o Estado
de Direito de um País ou Confederações. Deixo de observar as definições legais.
Por sua própria natureza, a criação
das leis ocorrem aposteriori aos fatos. Como devem apresentar e criar uma
estabilidade social terminam por ser rígidas por um determinado período.
A função dos juízes
é interpretá-las segundo o seu bom senso
e a intenção da lei, muitas delas conflitantes com a realidade vivencial e
vontades, conceitos de vida e interesses econômicos, políticos e sociais do
juiz.
A questão a ser
observada é o espírito da Lei, que pode variar segundo o bom senso ou objetivo
de cada cidadão e assim dos Juízes. A jurisprudência e a “direção” com que uma
mesma Lei foi interpretada ao longo do tempo dá-lhe uma certa flexibilidade,
moldando-se as conveniência do momento.
Com o advento de novas tecnologias
criam-se novas Leis esquecendo muitas vezes as que conflitam com as existentes
permitindo assim uma aplicação torcida segundo os interesses dos aplicadores.
Quando as leis ficam incapacitadas
de regular uma nova atividade, tornando-se patente que as existentes ficam
impossíveis de serem aplicadas, se criam novas, esquecendo muitas vezes de
rever as existentes, ou cancelá-las, criando conflitos na aplicação.
Para muitos essa consciência existe,
porém para uma grande maioria é interessante manter os conflitos de Lei para
permitir rotas de fuga nas aplicação com benefícios para certos grupos.
Nos referimos, neste momento, a leis
regionais que deveriam ser consideradas coerentes.
Quando falamos de
relações internacionais esses conflitos são permanentes e difíceis de serem
compatibilizados pois podem criar conflitos entre povos ou suas culturas
sociais ou religiosas.
A Consciência deveria estar nas
Coordenações
com interesses supranacionais.
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