16-Alimentação
A História, Os Recursos, O
Alimento Cozido, O Fast Food
A Alimentação Industrial, A
Produção de Alimentos
A Armazenagem, O Transporte, O
Retorno ao Natural
Alimentar é um ciclo Infinito,
Que permite-nos sermos Vivos.
Imaterial e Material andam
juntos,
Partes do mesmo Divino.
Endeusamos sempre a Matéria,
Quando a essência é o Espírito.
Como alimentação normalmente
consideramos aquilo que ingerimos nas refeições. Alimentação é tudo aquilo que
nos nutre físico, mental e espiritualmente.
Assim o respirar faz parte da nossa
necessidade de manter o corpo oxigenado através do sangue que corre nas nossas
veias.
Excretar nos permite eliminar os
excessos e posteriormente renovar o estoque.
Beber a água de uma fonte natural
hidrata o corpo permitindo-lhe manter o equilíbrio eletrolítico.
Pensar e trocar idéias e pensamentos
permite renovar nosso dicionário acrescentando novos conceitos.
Conectar-se ao divino nos capacita
exercer a função de trazer a Paz ao nosso meio.
As vemos que as atividades são
múltiplas, ocupando inteiramente a nossa consciência.
História
Iniciamos nossa estada no Planeta nos alimentando de
raízes e frutas e aprendendo com os animais o que os mantinha saudáveis. Com
essa alimentação exercitávamos todos os órgãos envolvidos, dando a cada um o
direito de exercer seu potencial de contribuição.
Caçar passou a ser uma outra opção
de conseguir alimentos para sustentar o seu grupo que vinha crescendo. No
início as armas eram primitivas e se resumiam a pedaços de troncos e pedras.
Imaginamos que
todos os alimentos eram consumidos no seu estado natural.
Tendo caído um pedaço de carne no
fogo ele foi experimentado e o gosto lhes pareceu saboroso. Entretanto somente
podia ser cozido espetado num galho diretamente sobre o fogo.
Em algum momento verificamos que o
barro úmido queimado ou exposto ao fogo ficava resistente à ficar mole na água,
como as rochas. Usando o Livre Arbítrio e a criatividade o Homem inventou as
panelas e vasos de barro para cozinhar e transportar a água a longas
distâncias.
Agora estava apto de iniciar a
preparação de alimentos mais complexos. O seu sistema de digestão tinha que
começar a se adaptar aos alimentos preparados pois passaram a apresentar
características diferentes.
Nosso sistema de digestão é um
laboratório químico e qualquer alteração dos ingredientes exige novas
formulações dos aditivos como sucos gástricos, saliva, etc.
Aprendeu com alguns animais que alguns
grãos os alimentavam bem, mas para serem mais adequados ao consumo diário, deveriam
ser moídos. Inicialmente eram prensados
entre pedras ou outras superfícies duras.
Assim foi tornando a sua alimentação
cada vez mais complexa, talvez porém menos saudável.
Alimento
Cozido
Com o desenvolvimento dos metais passou a produzir
panelas metálicas que eram mais resistentes e suportavam bem quedas e pancadas.
As facas e utensílios de pedra eram bastante frágeis no uso e foram então
substituídas por outros metálicos. Estes por sua vez vieram a alterar o paladar
dos alimentos cozidos.
Assim se passaram séculos de
pequenas alterações, mantendo entretanto a preparação quase exclusivamente
manual.
Quando comparamos as alternativas
hoje oferecidas verificamos a agregação cada vez maior da motorização. A
eletrificação e o cozimento à alta pressão permitem a redução de tempo de
preparação do alimento.
Em contrapartida a
energia pessoal colocada na preparação do nosso alimento, foi sendo reduzido,
trazendo uma \alteração na qualidade “espiritual” adicionada ao produto
consumido. Por ser muito sutil essa alteração é pouco percebida numa sociedade
que passa a ser governada pelo tempo para a sua diversão deixando de lado o
valor intrínseco da alimentação.
No cozimento se perde boa parte do
valor nutritivo fornecido pela Natureza. Grande parte dos produtos orgânicos
são compostos por ligações eletrolítico-quimicas sensíveis à temperatura.
Outro fator
influente foi a necessidade de conservar produtos para consumo posterior por
longos períodos. Inicialmente o “conservante” usado foi o sal aplicado
diretamente ao produto. Esse recurso passou a permitir alimentar populações por
longos períodos, por exemplo, em manobras militares, viagens de descobrimento,
e outras atividades afastados da produção dos mesmos.
Ser capaz de produzir nosso alimento
é um fato essencial a nossa existência, ela incorpora a consciência do uso do alimento como parte integral da
nossa estada na Terra.
Alimentação Industrial
Por necessidade cada vez maior de um número de
pessoas estarem envolvidas no trabalho externo o mercado se abriu para o
consumo de alimento semi ou totalmente prontos para o consumo. Surgiu assim a
alimentação produzida em cozinhas industriais que passaram a deixar de agregar
o valor energético pessoal na preparação do alimento. Como era impossível a
avaliação espiritual do alimento, a análise química do produto final passou a
ser importante pois somente o valor organoléptico passou a ser considerado.
Com o desenvolvimento e a introdução
de embalagens metálicas e posteriormente de plástico passaram a ser usados
aditivos, antioxidantes e inibidores de fermentação para garantir a
estabilidade do produto oferecido. Grande parte desses aditivos deixam de ser
assimilados ou digeridos pelo organismo humano acumulando-se e terminando por
produzir doenças que podem levar anos para se mostrarem com sintomas clínicos.
Para preservar o consumidor de
produtos deteriorados passou-se a agregar um prazo de validade aos produtos,assim
como uma relação de ingredientes da preparação. Este prazo leva em consideração
o processo de preparação, condições de transporte e estocagem do produto. O
consumidor final tem como referência o prazo à partir da data de fabricação e o
lote sem nenhum controle sobre as condições de estocagem.
Essa sistemática tem levado ao
desperdício de enormes quantidades rejeitadas e jogadas fora, enquanto grandes
partes da população sofrem com a falta de alimentos.
Hoje começa a se
questionar a validade desses prazos aliados a melhor tecnologia de controle
sobre condições de estocagem e transporte do produto.
Por comodidade, falta de informação
e desinteresse os males produzidos por essa alimentação deixam de afetar a
consciência do consumidor que fica focado na praticidade e no custo.
Em empresas com um grande número de
empregados o alimento é produzido internamente por cozinhas industriais ou
fornecido por empresas terceirizadas.
Fast
Food
Toda preparação do alimento precisa de um tempo.
Com a necessidade de atender o cliente
num prazo cada vez menor foram sendo desenvolvidas formas de prepará-lo num tempo
cada vez mais curto.
Várias tecnologias
passaram a compor os novos métodos de preparação dos mesmos.
O desenvolvimento
do forno de micro ondas permite aquecer e cozinhar o produto num prazo cada vez
menor. O que poucos tem conhecimento e consciência é que no processo de
cozimento por micro ondas a estrutura molecular do alimento é alterado podendo
produzir componentes prejudiciais ao organismo humano. Para eliminar parte
desses malefícios o produto deve ser posteriormente submetido ao aquecimento
“normal” por um determinado período.
Outro processo cada
vez mais utilizado é terminar o produto pelo processo de fritura em óleo ou
banha animal ou vegetal aquecidos. O produto fica pronto para consumo em
minutos agregando entretanto grandes quantidades de gorduras queimadas
prejudiciais ao organismo.
O corpo é incapaz
de transformar essas gorduras aquecidas num produto assimilável. As gorduras e
óleos assim processados polimerizam produzindo uma variação de variantes
plásticas inertes aos ácidos orgânicos que o nosso organismo é capaz de
produzir.
Outro fator
determinante no Fast Food é o tempo que dedicamos ao comer, saborear, e dar ao
organismo para digerir o alimento. A ansiedade aliada á pressa de consumir
impede, a concentração no ato, por falta de mastigação e outros fatores
emocionais impede ao organismo adicionar as enzimas necessárias para uma
assimilação saudável.
Por consequência
dessa política de “Time is Money” e ingestão de produtos de baixo nível de
“saudabilidade” o peso médio da população no mundo inteiro tem aumentado e com
isso doenças devidas ao excesso de peso. Estas por sua vez levam a disputas de
mercado usando de todos os meios e subterfúgios legais mas muitas vezes imorais
a saúde.
Produção de Alimentos
Para atender a uma demanda crescente de produção e a
um custo aceitável a agricultura vem se utilizando de processos cada vez mais
produtivos, mesmo prejudicando a qualidade natural do produto. Ao mesmo tempo
são usados adubos sintéticos que estimulam o crescimento e reduzem o prazo de
maturação.
Devido a concentração nas metrópoles
a produção de alimentos está cada vez mais dissociada dos pontos de consumo.
Como veremos em transporte os produtos sofrem uma deterioração nesse percurso.
De fato temos cada vez mais pela
globalização, pela contaminação aérea as produções contaminadas de forma
irreversível e sem controle.
Na produção animal são usados
antibióticos e hormônios de crescimento para reduzir o tempo de abate. No caso
de animais deve ainda ser considerado o sofrimento no momento da morte.
Esses fatores todos somados levam a
uma deterioração do produto para o consumo, por deixarem de atender
principalmente a parcela espiritual da alimentação.
A parcela da população que tem
conhecimento e consciência dessa realidade ainda é muito reduzida.
Inseticidas e Pesticidas
Numa produção concentrada ou monocultura a natureza
fica incapacitada de criar seus próprios meios de defesa através do crescimento
natural de elementos vegetais e animais capazes de desviar os malefícios de fatores
inibidores e prejudiciais à lavoura.
Assim as indústrias químicas
desenvolveram agentes químicos orgânicos e inorgânicos capazes de matar as
pragas prejudiciais à produção agrícola.
Entre uma aplicação
e a colheita há a necessidade de ser respeitado um prazo para que o produto químico
possa ser absorvido. Essa absorção depende vários fatores como a temperatura,
pluviosidade, umidade e a própria planta. Por faltas de consciência e
necessidade de resultados financeiros à curto prazo esses tempos de residência
no campo muitas vezes deixam de ser respeitados.
Com isso parte
desses tóxicos são transferidos ao consumidor que por outro lado por falta de
conhecimento deixa de tratá-los de forma adequada para eliminar pelo menos
parte dos tóxicos.
A própria população que aplica esses
tóxicos nem sempre se protege de forma adequada passando a sofrer de diversas
doenças por intoxicação química.
Terras onde foram usados por longos
períodos agentes químicos a adubos sintéticos viram desertos e precisam de anos
e muita dedicação para voltarem a ser produtivos novamente.
Parte desses tóxicos são carreados
pelas chuvas aos cursos dágua e lagos contaminando as fontes naturais dos
habitantes e o habitat dos peixes nos mares.
Muitos consumidores
usam a água diretamente dos mananciais passando a ingerir os venenos. Esses
produtos químicos deixam de ser eliminados e passam a se concentrar no corpo
prejudicando o funcionamento do mesmo.
Em Plantações extensas é usada a
aplicação de agrotóxicos com aviões. Por ação dos ventos esses tóxicos podem
ser levados à grandes distâncias prejudicando outras lavouras e contaminando a
atmosfera.
Muitas dessas
contaminações retornam à terra na forma de chuvas acidas e contaminadas.
Transgênicos
Outra forma de proteger as plantas de fatores
prejudiciais foi encontrado incluindo nas sementes gens de insetos evitando
assim o ataque às plantas pelos mesmos.
Essas alterações genéticas da
alimentação melhoram a produtividade para o agricultor, porém tornaram a
resistência ao estoque, menos estável.
Por falta de testes e ensaios de
longo prazo já se reconhecem que essas alterações genéticas são prejudiciais a
longo prazo, se desconhecendo entretanto a magnitude das conseqüências.
Por essa razão muitos países
passaram a proibir a produção e o consumo de cereais produzidos com sementes
transgênicas.
A dificuldade real é que como a polinização
das plantas em outras áreas pois como ocorrem é via insetos, sobre os quais
temos pouco controle, outras lavouras terminam por ser contaminadas por
transgênicos produzindo assim outras variedades de híbridos “semi transgênicas.
Mutações genéticas sempre foram
desenvolvidas pelas pesquisas de melhoria das espécies, como forma de evolução.
O que se torna preocupante é a inserção de radicais genéticos do reino animal
no bioma vegetal.
Até onde ainda poderemos ter
produtos agrícolas sem contaminação química ou biológica transgênica? Quais
serão os resultados finais sobre o organismo Humano? Essas perguntas é que tem motivado a suspensão
de comercialização em cada vez mais países.
Retorno ao Natural
Como temos visto a qualidade da alimentação tem se
deteriorado ao longo dos tempos, tanto pelo produto consumido como pelo
processamento do mesmo.
Isso tem alertado autoridades em
alguns países juntamente com associações de consumidores a repensar grande
parte dos procedimentos alimentares aos quais a população está exposta.
Começa a se perceber um movimento de
revisão de fontes de alimentação quanto às origens de produção e processamento.
Fator decisivo neste fato é que as
populações estão cada vez mais doentes, passando a consumir reservas do estado
por necessidade de tratamentos, cada vez mais custosos e afastamento das
atividades produtivas cada vez maiores.
No processo de
globalização amplo as contaminações e transmissão de doenças dos reinos
vegetal, animal e hominal estão cada vez mais interdependentes. Isso leva as
barreiras alfandegárias a atuarem com cada vez maior rigidez dificultando assim
o Livre Comércio.
O Desenvolvimento tecnológico sem o
devido acompanhamento moral e ético vai deformando a consciência humana deixando-a sem referência para posturas de
retidão do justo ou daquilo ainda aceitável.
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