domingo, 25 de junho de 2017

16-Alimentação

A História, Os Recursos, O Alimento Cozido, O Fast Food
A Alimentação Industrial, A Produção de Alimentos
A Armazenagem, O Transporte, O Retorno ao Natural

Alimentar é um ciclo Infinito,
Que permite-nos sermos Vivos.
Imaterial e Material andam juntos,
Partes do mesmo Divino.
Endeusamos sempre a Matéria,
Quando a essência é o Espírito.

            Como alimentação normalmente consideramos aquilo que ingerimos nas refeições. Alimentação é tudo aquilo que nos nutre físico, mental e espiritualmente.
            Assim o respirar faz parte da nossa necessidade de manter o corpo oxigenado através do sangue que corre nas nossas veias.
            Excretar nos permite eliminar os excessos e posteriormente renovar o estoque.
            Beber a água de uma fonte natural hidrata o corpo permitindo-lhe manter o equilíbrio eletrolítico.
            Pensar e trocar idéias e pensamentos permite renovar nosso dicionário acrescentando novos conceitos.
            Conectar-se ao divino nos capacita exercer a função de trazer a Paz ao nosso meio.
            As vemos que as atividades são múltiplas, ocupando inteiramente a nossa consciência.

História
            Iniciamos nossa estada no Planeta nos alimentando de raízes e frutas e aprendendo com os animais o que os mantinha saudáveis. Com essa alimentação exercitávamos todos os órgãos envolvidos, dando a cada um o direito de exercer seu potencial de contribuição.
            Caçar passou a ser uma outra opção de conseguir alimentos para sustentar o seu grupo que vinha crescendo. No início as armas eram primitivas e se resumiam a pedaços de troncos e pedras.
Imaginamos que todos os alimentos eram consumidos no seu estado natural.
            Tendo caído um pedaço de carne no fogo ele foi experimentado e o gosto lhes pareceu saboroso. Entretanto somente podia ser cozido espetado num galho diretamente sobre o fogo.
            Em algum momento verificamos que o barro úmido queimado ou exposto ao fogo ficava resistente à ficar mole na água, como as rochas. Usando o Livre Arbítrio e a criatividade o Homem inventou as panelas e vasos de barro para cozinhar e transportar a água a longas distâncias.
            Agora estava apto de iniciar a preparação de alimentos mais complexos. O seu sistema de digestão tinha que começar a se adaptar aos alimentos preparados pois passaram a apresentar características diferentes.
            Nosso sistema de digestão é um laboratório químico e qualquer alteração dos ingredientes exige novas formulações dos aditivos como sucos gástricos, saliva, etc.
            Aprendeu com alguns animais que alguns grãos os alimentavam bem, mas para serem mais adequados ao consumo diário, deveriam ser  moídos. Inicialmente eram prensados entre pedras ou outras superfícies duras.
            Assim foi tornando a sua alimentação cada vez mais complexa, talvez porém menos saudável.

            Alimento Cozido
            Com o desenvolvimento dos metais passou a produzir panelas metálicas que eram mais resistentes e suportavam bem quedas e pancadas. As facas e utensílios de pedra eram bastante frágeis no uso e foram então substituídas por outros metálicos. Estes por sua vez vieram a alterar o paladar dos alimentos cozidos.
            Assim se passaram séculos de pequenas alterações, mantendo entretanto a preparação quase exclusivamente manual.
            Quando comparamos as alternativas hoje oferecidas verificamos a agregação cada vez maior da motorização. A eletrificação e o cozimento à alta pressão permitem a redução de tempo de preparação do alimento.
Em contrapartida a energia pessoal colocada na preparação do nosso alimento, foi sendo reduzido, trazendo uma \alteração na qualidade “espiritual” adicionada ao produto consumido. Por ser muito sutil essa alteração é pouco percebida numa sociedade que passa a ser governada pelo tempo para a sua diversão deixando de lado o valor intrínseco da alimentação.
            No cozimento se perde boa parte do valor nutritivo fornecido pela Natureza. Grande parte dos produtos orgânicos são compostos por ligações eletrolítico-quimicas sensíveis à temperatura. 
Outro fator influente foi a necessidade de conservar produtos para consumo posterior por longos períodos. Inicialmente o “conservante” usado foi o sal aplicado diretamente ao produto. Esse recurso passou a permitir alimentar populações por longos períodos, por exemplo, em manobras militares, viagens de descobrimento, e outras atividades afastados da produção dos mesmos.
            Ser capaz de produzir nosso alimento é um fato essencial a nossa existência, ela incorpora a consciência  do uso do alimento como parte integral da nossa estada na Terra.                     

            Alimentação Industrial
            Por necessidade cada vez maior de um número de pessoas estarem envolvidas no trabalho externo o mercado se abriu para o consumo de alimento semi ou totalmente prontos para o consumo. Surgiu assim a alimentação produzida em cozinhas industriais que passaram a deixar de agregar o valor energético pessoal na preparação do alimento. Como era impossível a avaliação espiritual do alimento, a análise química do produto final passou a ser importante pois somente o valor organoléptico passou a ser considerado.
            Com o desenvolvimento e a introdução de embalagens metálicas e posteriormente de plástico passaram a ser usados aditivos, antioxidantes e inibidores de fermentação para garantir a estabilidade do produto oferecido. Grande parte desses aditivos deixam de ser assimilados ou digeridos pelo organismo humano acumulando-se e terminando por produzir doenças que podem levar anos para se mostrarem com sintomas clínicos.  
            Para preservar o consumidor de produtos deteriorados passou-se a agregar um prazo de validade aos produtos,assim como uma relação de ingredientes da preparação. Este prazo leva em consideração o processo de preparação, condições de transporte e estocagem do produto. O consumidor final tem como referência o prazo à partir da data de fabricação e o lote sem nenhum controle sobre as condições de estocagem.
            Essa sistemática tem levado ao desperdício de enormes quantidades rejeitadas e jogadas fora, enquanto grandes partes da população sofrem com a falta de alimentos.
Hoje começa a se questionar a validade desses prazos aliados a melhor tecnologia de controle sobre condições de estocagem e transporte do produto.
            Por comodidade, falta de informação e desinteresse os males produzidos por essa alimentação deixam de afetar a consciência do consumidor que fica focado na praticidade e no custo.
            Em empresas com um grande número de empregados o alimento é produzido internamente por cozinhas industriais ou fornecido por empresas terceirizadas.

Fast Food
            Toda preparação do alimento precisa de um tempo. Com  a necessidade de atender o cliente num prazo cada vez menor foram sendo desenvolvidas formas de prepará-lo num tempo cada vez mais curto.
Várias tecnologias passaram a compor os novos métodos de preparação dos mesmos.
O desenvolvimento do forno de micro ondas permite aquecer e cozinhar o produto num prazo cada vez menor. O que poucos tem conhecimento e consciência é que no processo de cozimento por micro ondas a estrutura molecular do alimento é alterado podendo produzir componentes prejudiciais ao organismo humano. Para eliminar parte desses malefícios o produto deve ser posteriormente submetido ao aquecimento “normal” por um determinado período.
Outro processo cada vez mais utilizado é terminar o produto pelo processo de fritura em óleo ou banha animal ou vegetal aquecidos. O produto fica pronto para consumo em minutos agregando entretanto grandes quantidades de gorduras queimadas prejudiciais ao organismo.
O corpo é incapaz de transformar essas gorduras aquecidas num produto assimilável. As gorduras e óleos assim processados polimerizam produzindo uma variação de variantes plásticas inertes aos ácidos orgânicos que o nosso organismo é capaz de produzir.
Outro fator determinante no Fast Food é o tempo que dedicamos ao comer, saborear, e dar ao organismo para digerir o alimento. A ansiedade aliada á pressa de consumir impede, a concentração no ato, por falta de mastigação e outros fatores emocionais impede ao organismo adicionar as enzimas necessárias para uma assimilação saudável.
Por consequência dessa política de “Time is Money” e ingestão de produtos de baixo nível de “saudabilidade” o peso médio da população no mundo inteiro tem aumentado e com isso doenças devidas ao excesso de peso. Estas por sua vez levam a disputas de mercado usando de todos os meios e subterfúgios legais mas muitas vezes imorais a saúde.
            Produção de Alimentos
            Para atender a uma demanda crescente de produção e a um custo aceitável a agricultura vem se utilizando de processos cada vez mais produtivos, mesmo prejudicando a qualidade natural do produto. Ao mesmo tempo são usados adubos sintéticos que estimulam o crescimento e reduzem o prazo de maturação.
            Devido a concentração nas metrópoles a produção de alimentos está cada vez mais dissociada dos pontos de consumo. Como veremos em transporte os produtos sofrem uma deterioração nesse percurso.
            De fato temos cada vez mais pela globalização, pela contaminação aérea as produções contaminadas de forma irreversível e sem controle.
            Na produção animal são usados antibióticos e hormônios de crescimento para reduzir o tempo de abate. No caso de animais deve ainda ser considerado o sofrimento no momento da morte.
            Esses fatores todos somados levam a uma deterioração do produto para o consumo, por deixarem de atender principalmente a parcela espiritual da alimentação.
            A parcela da população que tem conhecimento e consciência dessa realidade ainda é muito reduzida.

                        Inseticidas e Pesticidas
            Numa produção concentrada ou monocultura a natureza fica incapacitada de criar seus próprios meios de defesa através do crescimento natural de elementos vegetais e animais capazes de desviar os malefícios de fatores inibidores e prejudiciais à lavoura.
            Assim as indústrias químicas desenvolveram agentes químicos orgânicos e inorgânicos capazes de matar as pragas prejudiciais à produção agrícola.
Entre uma aplicação e a colheita há a necessidade de ser respeitado um prazo para que o produto químico possa ser absorvido. Essa absorção depende vários fatores como a temperatura, pluviosidade, umidade e a própria planta. Por faltas de consciência e necessidade de resultados financeiros à curto prazo esses tempos de residência no campo muitas vezes deixam de ser respeitados.
Com isso parte desses tóxicos são transferidos ao consumidor que por outro lado por falta de conhecimento deixa de tratá-los de forma adequada para eliminar pelo menos parte dos tóxicos.
            A própria população que aplica esses tóxicos nem sempre se protege de forma adequada passando a sofrer de diversas doenças por intoxicação química.
            Terras onde foram usados por longos períodos agentes químicos a adubos sintéticos viram desertos e precisam de anos e muita dedicação para voltarem a ser produtivos novamente.
            Parte desses tóxicos são carreados pelas chuvas aos cursos dágua e lagos contaminando as fontes naturais dos habitantes e o habitat dos peixes nos mares.
Muitos consumidores usam a água diretamente dos mananciais passando a ingerir os venenos. Esses produtos químicos deixam de ser eliminados e passam a se concentrar no corpo prejudicando o funcionamento do mesmo.
            Em Plantações extensas é usada a aplicação de agrotóxicos com aviões. Por ação dos ventos esses tóxicos podem ser levados à grandes distâncias prejudicando outras lavouras e contaminando a atmosfera.
Muitas dessas contaminações retornam à terra na forma de chuvas acidas e contaminadas.

                        Transgênicos
            Outra forma de proteger as plantas de fatores prejudiciais foi encontrado incluindo nas sementes gens de insetos evitando assim o ataque às plantas pelos mesmos.
            Essas alterações genéticas da alimentação melhoram a produtividade para o agricultor, porém tornaram a resistência ao estoque, menos estável.
            Por falta de testes e ensaios de longo prazo já se reconhecem que essas alterações genéticas são prejudiciais a longo prazo, se desconhecendo entretanto a magnitude das conseqüências.
            Por essa razão muitos países passaram a proibir a produção e o consumo de cereais produzidos com sementes transgênicas.
            A dificuldade real é que como a polinização das plantas em outras áreas pois como ocorrem é via insetos, sobre os quais temos pouco controle, outras lavouras terminam por ser contaminadas por transgênicos produzindo assim outras variedades de híbridos “semi transgênicas.
            Mutações genéticas sempre foram desenvolvidas pelas pesquisas de melhoria das espécies, como forma de evolução. O que se torna preocupante é a inserção de radicais genéticos do reino animal no bioma vegetal.
            Até onde ainda poderemos ter produtos agrícolas sem contaminação química ou biológica transgênica? Quais serão os resultados finais sobre o organismo Humano?  Essas perguntas é que tem motivado a suspensão de comercialização em cada vez mais países.

            Retorno ao Natural
            Como temos visto a qualidade da alimentação tem se deteriorado ao longo dos tempos, tanto pelo produto consumido como pelo processamento do mesmo.
            Isso tem alertado autoridades em alguns países juntamente com associações de consumidores a repensar grande parte dos procedimentos alimentares aos quais a população está exposta.
            Começa a se perceber um movimento de revisão de fontes de alimentação quanto às origens de produção e processamento.
            Fator decisivo neste fato é que as populações estão cada vez mais doentes, passando a consumir reservas do estado por necessidade de tratamentos, cada vez mais custosos e afastamento das atividades produtivas cada vez maiores.
No processo de globalização amplo as contaminações e transmissão de doenças dos reinos vegetal, animal e hominal estão cada vez mais interdependentes. Isso leva as barreiras alfandegárias a atuarem com cada vez maior rigidez dificultando assim o Livre Comércio.
            O Desenvolvimento tecnológico sem o devido acompanhamento moral e ético vai deformando a consciência humana deixando-a sem referência para posturas de retidão do justo ou daquilo ainda aceitável.



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