sábado, 4 de março de 2017

Os Espinhos da Rosa

Para cada mais existe um menos,
Condição para o equilíbrio.
E continuidade do Ser.

Essa á a natureza dos ciclos,
Sendo a elipse a sua figura,
Por conter os dois centros.

Um representa o Ego,
O outro a nossa vontade,
Com os dois fechando a volta,

O espinho tem uma ponta,
A base se fixa na haste,
Esquecendo que depende da massa.

A ponta olha para o céu,
Acreditando ver a verdade,
Esquecendo que depende da massa.

A base pensa ser a verdade,
Tudo assim sustentando,
Agarrando-se firmemente na haste.

A haste sustenta a rosa,
Que mostra a sua beleza,
Durando somente um tempo.

A rosa por ser muito frágil,
Precisa assim de defesa,
Para sua vitalidade manter.

O espinho lhe vem em apoio,
Funcionando como sua defesa,
Cobrando assim o pedágio.

A simbiose parece perfeita,
Quando olhado o todo,
Esquecidas as diferenças das partes.

Assim somente o conjunto opera,
A sinfonia da vida,
Trazendo alegria ao todo.

Assim é o Homem na vida,
Para encontrar a felicidade,

Precisa da integridade do ser.

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