3-Os
caminhos
Os
Percursos, A Natureza, As Limitações
Muitas são as moradas do meu Pai.
Jesus
Os Percursos
Essa citação se refere as nossas
origens e aos nossos destinos. Mas da mesma forma podemos entender como os
muitos caminhos que temos nas nossas escolhas.
?
Na figura procuramos figurar uma
folha diferente mostrando os caminhos que podemos escolher. Todos os caminhos,
independente dos atalhos, nos levam a um portão de saída. Por este portal
seguiremos para uma nova morada. As estradas que vamos encontrar à frente
somente dependerão das nossas atitudes do presente momento.
Nem sempre as caminhadas nos levam
por caminhos planos, as subidas nos exigem esforço extra para podermos
demonstrar nossa resistência às vicissitudes da vida. Nas descidas recebemos a
lição de refrear os nossos ímpetos de sair desabalados sem pensar nas
conseqüências.
Cada estrada nos ensina aquilo que
devemos aprender na vida, as facilidades nos mostram um andar despreocupado e
sem esforços, deixando-nos desavisados podendo ser surpreendidos. Nas com
percalço temos lições para valorizar o bom e belo.
Atravessar um riacho nos mostra a
dependência de recursos que devemos aprender. Escolher o meio adequado nos pode
simplificar a vida e poupar esforços desnecessários.
Enfrentar tempestades nos mostra o
valor de um teto protetor e protege a nossa saúde. Na exposição aos raios
ficamos vulneráveis, valorizando assim os recursos que criamos com a nossa
inteligência.
O caminhar no Sol causticante
valoriza uma árvore com a sua sombra, dando-nos o fôlego para continuar. Percebendo
a dificuldade em nós podemos avaliar melhor a esforço exercido por aqueles que
estão expostos a climas inclementes.
Se aprende ao
longo da vida,
vivendo e
sentindo,
amando e
ajudando,
chorando e
rindo..
Se escolhermos os caminhos da
arrogância ou egoísmo colheremos frutos
amargos de estradas árduas no futuro. As sementes que distribuímos ao longo da
senda crescerão, à frente seremos obrigados a colher os frutos.
Se usarmos a nossa vontade de ajuda
ao nosso entorno estaremos pavimentando um caminho de luz e claridade. A Harmonia e o Equilíbrio são os troféus que
podemos recolher merecidamente, sempre, sem entretanto vangloriar-nos
e alimentarmos o nosso EGO. Ele sombreará a nossa vitória, deixando
rastros de tristeza. O maior prejudicado é o próprio Ser.
A felicidade se encontra dentro de
nós, mas insistimos em procurá-la fora da nossa rota. Muitas tristezas podem ser
evitadas quando olhamos para frente transformando pedras brutas em pavimento
suave.
Procura e
encontrarás.
Essa afirmação tem enorme profundidade e pouco temos
refletido sobre o seu significado. Ela
se encontra em muitos textos religiosos e/ou filosóficos. Como veremos, ela se
encontra perpetuada dentro do nosso arquivo. Aquilo que de fato desejamos no
fundo do nosso “coração” faz parte da nossa existência.
A senda do vizinho
é melhor do que a nossa.
O mal comum,
é a nossa insatisfação.
Essa pseudo verdade faz parte da
nossa herança cultural de olhar para o lado antes de olhar para si mesmo e
avaliar o quanto podemos estar imaginando quando a verdade é outra.
A Natureza
Cada partícula traça o seu percurso segundo a sua
natureza que lhe foi destinada. Todos são importantes e dependentes e
contribuem para o crescimento global. Sentir e intuir as forças da Natureza é
parte original de nosso Ser que desaprendemos com o caminhar de uma cultura
dita “racional”. Para receber precisamos
doar. Esta propriedade, usamo-la em prol de um artificialismo, que deveria ser
saudável e engrandecedor.
A Natureza tem todas as respostas às
nossas indagações, basta observar as suas atitudes, o respeito mútuo ao
“vizinho” mesmo quando exige a luta pela sobrevivência. Luta pela vida implica
em prover a nossa sobrevivência sem produzir sofrimento desnecessário. A
Natureza nos ensina isto em todos os Reinos, quase nunca no reino Humano.
O
vento movimenta as folhas suavemente quando está em harmonia, as arranca quando
se torna violenta. Pode devastar áreas para dar espaço ao crescimento de novas
sementes. Modela topografias e distribui sementes para áreas longínquas e
inacessíveis à outras formas de procriação.
A
chuva permite a brotação e o crescimento florindo o solo. As enxurradas lavam o
solo levando sais e alimentos para novas regiões que se tornam produtivas com
novas espécies. Nos mares as tempestades ajudam a oxigenar as águas fazendo a
recuperação de águas degradadas.
O
sol através do calor estimula a germinação de novas plantas. A luz através da
fotossíntese converte o gás carbônico em oxigênio puro para toda a manutenção
da vida. O calor do sol promove a evaporação permitindo a chuva lavar as
impurezas do ar. Os raios ultravioleta e infravermelho facilitam a deterioração
das rochas transformando-as em solos. Os micro organismos do solo ventilando o
mesmo o tornam propício a cultura de plantas.
Os
três elementos juntos são responsáveis pela regeneração de tudo aquilo que se
encontra em estado de degradação. Sem retornar a natureza original, estaríamos
sufocados no nosso próprio “Lixo”.
Os
animais aprendem com a Natureza e se adaptam sempre as condições que mudam,
segundo as mudanças de clima.
Sentir
o prazer do frescor de uma chuva, de uma sombra, de uma aragem, o chilreio de
um bando de pássaros, são as músicas da
natureza que desaprendemos a dar valor. Estes simples prazeres, substituímo-los
por estradas e ambientes barulhentos e poluídos dizendo que representa a nossa
evolução da cultura.
Homem, quando se percebe insatisfeito procura
novas paragens sem avaliar os benefícios do entorno. Necessitamos de um decurso
de tempo para as nossas ações e apressar-nos pode ser danoso a saúde,
antecipando a longevidade e oportunidades de sonhos.
Os Sonhos alimentam o espírito que
nos cedeu o espaço para a nossa evolução nesta encarnação para que possamos nos
doar e ajudar a outros a vencer suas restrições. Enquanto parte da Matéria
todos temos que conviver e respeitar o meio e os nossos irmãos de caminhada.
A Natureza é bela se a entendermos e
partilharmos os Princípios e Leis que regem o viver em Paz e plenitude que
permitem a Felicidade. Ela se encontra a todo instante a nossa frente, mas por
estarmos cegos deixamos de perceber o obvio.
As Limitações
Nos percursos temos as margens das estradas, a
vegetação densa, as irregularidades, os rios que dificultam o deslocamento e o
próprio Ser, pela sua dúvida permanente. Vemos dificuldades criadas pelo
próprio Homem quando poderíamos viver em harmonia segundo a Natureza e as suas
leis Sociais. Desejamos liberdade de “ir e vir” sem consciência da
responsabilidade do respeito a todo o entorno. Esses são exatamente os muros da
prisão que construímos a nossa volta. Olhar para fora significa olhar primeiro
para dentro. Pode ser fácil cobrar aos outros, mas a nós mesmos devemos fazer o
mesmo sem que isso se transforme num massacre de nós mesmos.
Tolerar e ter paciência com o
entorno e principalmente com o “irmão” é a nossa principal meta para a evolução
para galgarmos o próximo degrau. Observar essas duas qualidades requer repensar
a nós mesmos. Esse aprendizado deve ocorrer com AMOR para conosco pois assim
terá efeito duradouro. Toda magoa residual pode fazer transbordar o tonel que
com tanto carinho estamos cuidando. Cada degrau alcançado significa uma vitória
sobre nós mesmos.
O EGO e suas irmãs são o nosso
próprio limitante para uma vida saudável e de felicidade. Cabe-nos vencer o
desafio e sairmos dele fortalecidos. Como dissemos, derrubar essas
fortificações ancoradas no nosso inconsciente significa “renascer” dentro do
nosso navio enquanto navegamos por todos os mares procurando um porto seguro.
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