quinta-feira, 27 de outubro de 2016

3-Os caminhos
Os Percursos, A Natureza, As Limitações

                                                                       Muitas são as moradas do meu Pai.
                                                                                                          Jesus

Os Percursos
            Essa citação se refere as nossas origens e aos nossos destinos. Mas da mesma forma podemos entender como os muitos caminhos que temos nas nossas escolhas.


                                                                                                          ?














            Na figura procuramos figurar uma folha diferente mostrando os caminhos que podemos escolher. Todos os caminhos, independente dos atalhos, nos levam a um portão de saída. Por este portal seguiremos para uma nova morada. As estradas que vamos encontrar à frente somente dependerão das nossas atitudes do presente momento.
            Nem sempre as caminhadas nos levam por caminhos planos, as subidas nos exigem esforço extra para podermos demonstrar nossa resistência às vicissitudes da vida. Nas descidas recebemos a lição de refrear os nossos ímpetos de sair desabalados sem pensar nas conseqüências.
            Cada estrada nos ensina aquilo que devemos aprender na vida, as facilidades nos mostram um andar despreocupado e sem esforços, deixando-nos desavisados podendo ser surpreendidos. Nas com percalço temos lições para valorizar o bom e belo.
            Atravessar um riacho nos mostra a dependência de recursos que devemos aprender. Escolher o meio adequado nos pode simplificar a vida e poupar esforços desnecessários.
            Enfrentar tempestades nos mostra o valor de um teto protetor e protege a nossa saúde. Na exposição aos raios ficamos vulneráveis, valorizando assim os recursos que criamos com a nossa inteligência.
            O caminhar no Sol causticante valoriza uma árvore com a sua sombra, dando-nos o fôlego para continuar. Percebendo a dificuldade em nós podemos avaliar melhor a esforço exercido por aqueles que estão expostos a climas inclementes.

Se aprende ao longo da vida,
vivendo e sentindo,
amando e ajudando,
chorando e rindo..

            Se escolhermos os caminhos da arrogância ou egoísmo colheremos  frutos amargos de estradas árduas no futuro. As sementes que distribuímos ao longo da senda crescerão, à frente seremos obrigados a colher os frutos.
            Se usarmos a nossa vontade de ajuda ao nosso entorno estaremos pavimentando um caminho de luz e claridade.  A Harmonia e o Equilíbrio são os troféus que podemos recolher merecidamente, sempre, sem entretanto  vangloriar-nos  e alimentarmos o nosso EGO. Ele sombreará a nossa vitória, deixando rastros de tristeza. O maior prejudicado é o próprio Ser.
            A felicidade se encontra dentro de nós, mas insistimos em procurá-la fora da nossa rota. Muitas tristezas podem ser evitadas quando olhamos para frente transformando pedras brutas em pavimento suave.

Procura e encontrarás.

            Essa afirmação  tem enorme profundidade e pouco temos refletido sobre o seu significado.  Ela se encontra em muitos textos religiosos e/ou filosóficos. Como veremos, ela se encontra perpetuada dentro do nosso arquivo. Aquilo que de fato desejamos no fundo do nosso “coração” faz parte da nossa existência.

A senda do vizinho é melhor do que a nossa.
O mal comum, é a nossa insatisfação.

            Essa pseudo verdade faz parte da nossa herança cultural de olhar para o lado antes de olhar para si mesmo e avaliar o quanto podemos estar imaginando quando a verdade é outra.

A Natureza
            Cada partícula traça o seu percurso segundo a sua natureza que lhe foi destinada. Todos são importantes e dependentes e contribuem para o crescimento global. Sentir e intuir as forças da Natureza é parte original de nosso Ser que desaprendemos com o caminhar de uma cultura dita “racional”.  Para receber precisamos doar. Esta propriedade, usamo-la em prol de um artificialismo, que deveria ser saudável e engrandecedor.
            A Natureza tem todas as respostas às nossas indagações, basta observar as suas atitudes, o respeito mútuo ao “vizinho” mesmo quando exige a luta pela sobrevivência. Luta pela vida implica em prover a nossa sobrevivência sem produzir sofrimento desnecessário. A Natureza nos ensina isto em todos os Reinos, quase nunca no reino Humano.
O vento movimenta as folhas suavemente quando está em harmonia, as arranca quando se torna violenta. Pode devastar áreas para dar espaço ao crescimento de novas sementes. Modela topografias e distribui sementes para áreas longínquas e inacessíveis à outras formas de procriação.
A chuva permite a brotação e o crescimento florindo o solo. As enxurradas lavam o solo levando sais e alimentos para novas regiões que se tornam produtivas com novas espécies. Nos mares as tempestades ajudam a oxigenar as águas fazendo a recuperação de águas degradadas.
O sol através do calor estimula a germinação de novas plantas. A luz através da fotossíntese converte o gás carbônico em oxigênio puro para toda a manutenção da vida. O calor do sol promove a evaporação permitindo a chuva lavar as impurezas do ar. Os raios ultravioleta e infravermelho facilitam a deterioração das rochas transformando-as em solos. Os micro organismos do solo ventilando o mesmo o tornam propício a cultura de plantas.
Os três elementos juntos são responsáveis pela regeneração de tudo aquilo que se encontra em estado de degradação. Sem retornar a natureza original, estaríamos sufocados no nosso próprio “Lixo”.
Os animais aprendem com a Natureza e se adaptam sempre as condições que mudam, segundo as mudanças de clima.
Sentir o prazer do frescor de uma chuva, de uma sombra, de uma aragem, o chilreio de um bando de pássaros, são  as músicas da natureza que desaprendemos a dar valor. Estes simples prazeres, substituímo-los por estradas e ambientes barulhentos e poluídos dizendo que representa a nossa evolução da cultura.
 Homem, quando se percebe insatisfeito procura novas paragens sem avaliar os benefícios do entorno. Necessitamos de um decurso de tempo para as nossas ações e apressar-nos pode ser danoso a saúde, antecipando a longevidade e oportunidades de sonhos.
            Os Sonhos alimentam o espírito que nos cedeu o espaço para a nossa evolução nesta encarnação para que possamos nos doar e ajudar a outros a vencer suas restrições. Enquanto parte da Matéria todos temos que conviver e respeitar o meio e os nossos irmãos de caminhada.
            A Natureza é bela se a entendermos e partilharmos os Princípios e Leis que regem o viver em Paz e plenitude que permitem a Felicidade. Ela se encontra a todo instante a nossa frente, mas por estarmos cegos deixamos de perceber o obvio.

As Limitações
            Nos percursos temos as margens das estradas, a vegetação densa, as irregularidades, os rios que dificultam o deslocamento e o próprio Ser, pela sua dúvida permanente. Vemos dificuldades criadas pelo próprio Homem quando poderíamos viver em harmonia segundo a Natureza e as suas leis Sociais. Desejamos liberdade de “ir e vir” sem consciência da responsabilidade do respeito a todo o entorno. Esses são exatamente os muros da prisão que construímos a nossa volta. Olhar para fora significa olhar primeiro para dentro. Pode ser fácil cobrar aos outros, mas a nós mesmos devemos fazer o mesmo sem que isso se transforme num massacre de nós mesmos.
            Tolerar e ter paciência com o entorno e principalmente com o “irmão” é a nossa principal meta para a evolução para galgarmos o próximo degrau. Observar essas duas qualidades requer repensar a nós mesmos. Esse aprendizado deve ocorrer com AMOR para conosco pois assim terá efeito duradouro. Toda magoa residual pode fazer transbordar o tonel que com tanto carinho estamos cuidando. Cada degrau alcançado significa uma vitória sobre nós mesmos.
            O EGO e suas irmãs são o nosso próprio limitante para uma vida saudável e de felicidade. Cabe-nos vencer o desafio e sairmos dele fortalecidos. Como dissemos, derrubar essas fortificações ancoradas no nosso inconsciente significa “renascer” dentro do nosso navio enquanto navegamos por todos os mares procurando um porto seguro.


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