A
Pobreza da Palavra
A língua é muito rica,
A palavra muito pobre,
Podendo ter cada palavra,
Infinitos significados,
Havendo vocábulos mil.
Assim falamos em Deus,
Sem definir a palavra,
Muito menos entendê-la,
Na sua verdadeira grandeza,
Continuando na imaginação.
Mas mesmo outros vernáculos,
Se prestam a muitas visões,
Sendo cada cabeça uma sentença,
O meu verde é diferente do teu,
Meu grande diferente do teu.
Somente os artistas se entendem,
Desconhecendo a língua,
Reconhecendo o sentimento,
Percebendo a energia,
Esquecendo o valor.
É a pobreza que permite a grandeza,
Do entendimento humano,
Sendo sempre uma interpretação,
Mostrando a grandiosidade,
Da Torre de Babel.
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